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Regionais: BE entrega queixa ao provedor da Saúde pelos 12 mil açorianos à espera de cirurgia

  • Foto do escritor: semanarioradio
    semanarioradio
  • 2 de out. de 2020
  • 2 min de leitura

António Lima entregou ontem uma queixa ao provedor do utente da Saúde em nome dos 12 mil açorianos que estão à espera de uma cirurgia no Serviço Regional de Saúde. O Bloco de Esquerda aponta a falta de médicos como uma das causas do aumento das listas de espera na Saúde e apresenta uma proposta para atrair e fixar estes profissionais na Região, através da garantia de planos de formação, aumento dos dias de férias e atribuição de incentivos financeiros.



BE Açores (c)


“O objetivo é atrair médicos para os Açores e fixar os que já cá se encontram”, explica o candidato do BE. “Dependerá sempre da vontade deles, mas esses incentivos têm que existir. Não podemos ficar de braços cruzados”, acrescentou.


António Lima salienta que atualmente há um “enorme recurso a horas extraordinárias”, que representam “custos muito elevados”.


A contratação de um número significativo de novos médicos irá reduzir substancialmente a necessidade de horas extraordinárias. E a enorme despesa que está associada ao pagamento de horas extraordinárias passará a ser investimento no aumento do número de médicos em todas as ilhas.


O facto de existirem listas de espera enormes é um sintoma da suborçamentação de que o Serviço Regional de Saúde foi alvo durante muitos anos, e que se traduz na falta de investimento em equipamentos, mas também na falta de recursos humanos.


Na queixa formal entregue hoje ao provedor do utente da Saúde, o Bloco de Esquerda apela ao provedor do utente da Saúde que intervenha junto do governo e dos hospitais da região para que se encontrem soluções imediatas para garantir uma resposta atempada aos milhares de açorianos que aguardam por uma cirurgia ou por uma consulta.


O BE está ciente de que a pandemia causada pela covid-19 teve “um forte impacto na atividade assistencial nos serviços de saúde, obrigando à suspensão de grande parte dela”, mas não compreende que não haja dados sobre “o real impacto” nas consultas, exames complementares e cirurgias.


Não é possível uma avaliação do impacto da pandemia e muito menos o desenvolvimento de um plano de retoma eficaz e transparente sem que esses números sejam divulgados publicamente, por isso o Bloco exige “a elaboração e divulgação de um plano de recuperação da atividade assistencial não realizada, que deve apontar metas calendarizadas, assim como medidas a implementar para a concretização dos objetivos propostos”.



Rádio Azores High / BE-Açores

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